
Conheci muitas pessoas, mas não fui arrogante o suficiente para ser popular.
Idealizei muitas coisas, mas não tive sonhos o suficiente para ser feliz.
Descobri que o mundo inteiro pode ser meu, e ainda assim, continuei sem nada.
Descobri que a medida da verdade é a mesma distância que nos conduz à insanidade
Aceitei que os olhos são as janelas da alma... e procurarei deixar os meus fechados a maior parte do tempo quanto possível.
Brinquei com soluções e colhi lágrimas... Joguei com sentimentos alheios e colhi soluções.
Ocultei verdades preciosas e deixei de acreditar em mim mesma
Matei a esperança
Desenterrei o Rancor
Mantive acusações, desfiz opiniões, aceitei limitações.
Estraçalhei corações
Pisei em lugares perigosos demais
Perdi amores preciosos demais
Amarrei-me ao passado
Aceitei o peso do fardo
Cresci, mesmo sem saber.
Gritei, chorei,Orei
Errei.
Recomecei
Joguei fora todo o veneno, tentei abandonar vícios.
Procurei motivos
Afastei-me do abismo
Permiti-me sorrir, pude cantar novamente.
Sentir-me demente
Ficar doente de saudade
Apelar para a maldade
Agradeci por minha idade
E amaldiçoei-a também, porque não?
Ignorei compromissos
E me tornei omissa ao fato de desistir, porque afinal...
‘ E daí?’
“[...] Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...
Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier... [...]”
(Epitáfio – Titãs)