quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Como dizer? Sinto muito.


Eu ví o alerta de luto praticamente não acreditando, e senti algo estranho como se fosse um tom de zombaria alguma grande brincadeira de mal
gosto, mas , derrepente meus sentidos voltaram e eu me dei conta de tudo o que realmente estava acontecendo, como se fosse a confirmação de
algo real que você já esperava, não sabendo ao certo se era isso o que você queria mas tendo a certeza de que fosse o que fosse, havia acontecido para o bem

A mais estranha das sensações, porque eu estive esse tempo todo pensando no que você havia me dito naquela noite e me surpreendeu muito que tudo
tivesse acontecido tão rápido, derrepente eu senti que poderia atravessar a barreira do tempo a qualquer momento podendo passar rapidamente de
um lugar para o outro e de uma hora para a outra desvendando mais um desses grandes mistérios que nos cercam. Senti o quanto eu poderia estar perto e o quanto
poderia também estar longe, mas o que mais me surpreendeu foi meu mal estar ao chegar em casa, como se algo fosse realmente acontecer

As palavras que ficaram no ar voltaram à minha mente em um instante e fiquei algum tempo paralisada pensando no que eu poderia te dizer. Foi como
se aos poucos eu tomasse um pouco de sua dor para mim, e ao mesmo tempo q senti um nó na minha garganta e meus olhos se enchendo de lágrimas,me lembrei da serenidade que você me passou quando relatou o que estava acontecendo.

Aos poucos um breve filme passou pela minha cabeça, imagens das perdas mais dolorosas, e de algumas pessoas que usaram minhas dores e minhas fraquezas
por motivos extremamente desleais.

E derrepente tudo fugiu, simplesmente sumiu, clareando minha mente e ao mesmo tempo deixando-a ainda mais confusa. Eu não sei ao certo como você está agora, não sei também se algum dia você vai ler isso, mas seja o que for conte comigo, estarei
aqui sempre para tudo o que você prescisar...

sábado, 24 de outubro de 2009

Estrutura perfeita?

As coisas passam, mudam e eu estou cansada de saber que para você eu sou totalmente dispensável...

Estou cansada de que você me fale que eu sou injusta, errada, quando seu próprio comportamento não é nada louvável.

Sei também que é injusto eu abrir a boca para falar algo de você porque na maioria das vezes você nunca me deu um motivo,

e eu acreditei realmente que fosse possível que juntos nós pudéssemos superar isso, mas eu sei que não sou digna da sua confiança

e que nada vai ficar bem porque nunca esteve bem

E eu sei que posso fingir que nada disso está acontecendo, posso fechar os olhos e fingir que eu nunca soube da verdade e talvez.

assim as coisas fiquem mais fáceis...

Mas vou ter de interromper todos os planos que eu fiz para uma vida inteira...

como é que eu posso ir embora se eu não sei o que vou encontrar aqui quando voltar

Muito embora isso seja melhor para todos nós...

mas afinal

onde é que fica a tal MALDITA FIDELIDADE??????

era só isso o que eu esperava de você...

e não se preocupe

não vou mais incomodar você...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Descobertas...


Eu acreditei e desacreditei no amor esse tempo todo, e estive o tempo todo sonhando
em como seria doce sentir isso por alguém e receber o mesmo em troca...

Mas, descobri da forma mais difícil que o amor é um sentimento nobre demais para que eu possa sentí-lo e tê-lo em troca.



I dont wanna say I'm sorry
I don't know... all is wrong for me



sábado, 22 de agosto de 2009

Mudanças...

Bem , o "Jabuty" estava gritando socorro por algumas mudanças, e bom, aí estão
eu ando meio sem tempo, por isso não tenho postado nem comentado com a mesma frequência de antes...

Bom, mas já estou de volta, e realmente não desisti do blog, só estava sem tempo.

Sejam bem vindos ao novo "Jabuty". Fiquem à vontade

E Boa Leitura!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Dolorosamente real.



Não vou descrever o começo de meu dia, será doloroso demais até parar mim.
[...] Segui fazendo meus afazeres porque, sabia que, acontecesse o que tivesse que acontecer, morresse quem tivesse que morrer o mundo não pararia à minha espera.
À noite me vesti, me maquiei, e fiz as malas, estava impaciente por minha partida, e, para passar o tempo peguei o livro que começara a ler naquela manhã. Mas ela não chegava; Fiquei ainda mais impaciente, e para não me derrotar, para não acabar com minha indiferença à dor, continuei me mantendo ocupada, ela chegou e eu simplesmente olhei-a e disse: “Vamos?”, em resposta ela me disse que teria de cumprir
Outros compromissos antes de me levar. Então, desde meu 1º mergulho na inconsciência, pela 1ª vez decidi olhar no relógio. Eram quase 10 horas, seria quase um absurdo querer aparecer lá a essa hora de malas feitas, visto de que o limite de horário imposto por mim mesma para minha chegada era de 8 horas da noite; Nunca foi minha intenção que minha fuga repentina do meu mundo e da minha dor interrompesse a rotina deles. Sentei-me ao lado do telefone e disquei um número no qual eu teria a informação de como ele havia morrido. Ocupado. Avisei-a que não se apressasse em cumprir seu outro compromisso, porque eu não mais iria sair de casa. Prudência, temor ou comodismo? Nem sei ao certo. Liguei para a casa deles avisando que não mais apareceria lá, desliguei o telefone e fui para meu quarto. Estava com raiva, queria fugir, não da minha casa, nem de meus problemas, mas sim de mim mesma de da minha maldita imprudência. Minha casa sempre foi um lugar perigoso demais para mim, no meu próprio quarto eu sabia a exata localização de diversos aparelhos metálicos pontiagudos e porta-retratos de vidro, que poderiam muito bem ser lançados na parede e me induzir a uma recaída, mas, horas antes eu havia decidido que ferir física e psicologicamente a mim mesma só iria piorar a situação, seria a atitude mais egoísta que eu poderia ter agora, como eu havia dito de manhã a um amigo... “Eu não posso me dar ao luxo de fazer nenhuma besteira agora, tem muita gente precisando de mim”, realmente me livrar sozinha da minha dor seria muito egoísta, portanto, tirei essa idéia rapidamente de minha cabeça.
Dei alguns passos em direção ao espelho. Foi deprimente ver quanta influência ele teve sobre mim esses anos todos. Ele podia não estar próximo agora, mas seria para sempre um pedaço de mim. E naquele exato momento esta parte de mim estaria desejando morrer ou sucumbindo à tristeza, e nada do que eu fizesse iria mudar aquilo. Eu negligenciei os problemas dele por tanto tempo que uma aproximação agora seria dolorosamente impossível. Um turbilhão de pensamentos em minha mente e tudo isso só me deixava cada vez mais apavorada, meus olhos se encheram lentamente de lágrimas e eu chamei baixo pelo seu nome mesmo sabendo que ele jamais viria para me proteger novamente, para estar comigo. Agora era eu quem precisava fazer isso por ele. Sentia-me muito mal e embora meu corpo tentasse me derrubar minha convicção me manteria em pé por pelo menos mais 24 horas; Desfiz minhas malas me troquei e tentei dormir mesmo sabendo que naquelas circunstâncias, meus sonhos certamente não seriam agradáveis.

domingo, 21 de junho de 2009

O homo se diz sapiens.

Seloo, o 1º do jabutti, Obrigada mesmo Emer *-*



Regras - passar pra 7 blogs e responder a seguinte questão "O que significa pra mim ser um homo sapiens?"


http://songsaboutsally.blogspot.com/
http://utopialm.blogspot.com/
http://urbanous.blogspot.com/
http://not-dream.blogspot.com/
http://domnou.blogspot.com/
http://lobomauu.blogspot.com/
http://templodopensar-poetiza.blogspot.com/


Obs. Emer e Luh não prescisam repassar os seloos tuuuuudo de novo (a não ser q vcs queiram, claro,) mas so mandei pq axo q Mastonde e Utopia merecem, de verdade :]


E o que significa ser um homo sapiens, pra mim?

Ter a dose certa (ou até mesmo a errada) de equilíbrio em tudo o que fazemos
para nunca intensionalmente ferir de qualquer forma nosso próximo
Te a dose certa de amor, de ódio, de rancor, de fé, de paciência, de alegria, de depressão
e saber conviver em paz com tudo isso
Acima de tudo, ser homo sapiens, para mim, significa reconhecer e o acerto e assumir as consequencias de ambos, é saber perdoar; simplesmente saber viver.

"É presciso saber viveer " lalalalaaa

Não que eu seja realmente tudo isso, é só mais um conceito.








ou não.





"O homo se diz sapiens, mas o que lhe parece faltar é a sapiência..."


sexta-feira, 19 de junho de 2009

Abandono...

E sempre me disseram que você era meu oposto...
comparavam-me ao sol, eu, sempre dentro do possível, exalando minha luz...
e você
vc era como a lua, que mostrava para aqueles
que sempre acreditaram que não havia nada de mais belo que um domingo de sol num parque
no centro da cidade
que a escuridão, em sua singularidade, poderia ser tão bela quanto, ou
mais bela que qualquer outra coisa, e, que muitas vezes, servia de consolo
para levar com a falta de sentidos, a dor dos pobres infelizes que sofrem por algum motivo.

e como podem dois seres tão diferentes viverem juntos?
obviamente, esse sentimento tão inútil e imundo que alguns chamam de
amor poderia unílos... mas aí ficaria a pergunta...

iria o sol, em seu resplendor ajudar a noite a ficar mais clara
ou iria a lua em sua afabilidade amarga ofuscar a luz do belo sol?

a única certeza que tenho agora é que essa pergunta ficará eternamente sem resposta.

hoje...
minha roupa está impregnada com seu cheiro de cigarro
nossa ilusão de alegria já não suporta os fatos
de tantas tragédias ocorrendo ao mesmo tempo...

hoje...
minhas lágrimas amargas escorrem pelo teu rosto
a realidade se fez para nos mostrar o oposto
de uma vida que algum dia pareceu perfeita


posso até imaginar seu rosto
mesmo de longe
tentando fingir que está tudo perfeito
mais seus olhos denunciam sua agonia
e veio então, seu pranto roubra a minha alegria
que eu ainda tinha por te ver sorrindo....

será que algum dia nós iremos voltar a sorrir?

Porque quando eu estava caída, você
chegou para mim, meu anjo
estendeu-me a mão e me reergueu
e com palávras ásperas me ensinou a ser fria....

e assim farei se for presciso
te buscarei, e te deixarei longe, em meu abrigo,
onde esse mundo horrível parece distante...

e novamente
peço mais do que pela minha vida
cuido de você para que não se perca
para que saiba que não está sozinho...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Como se eu sorrisse, mas não pudesse crer...


Entrei no ônibus e o barulho já estava me enlouquecendo, trocava palavras com uma amiga até que ela desceu e eu fiquei sozinha. O som estava ligado e estava tocando uma música que eu odeio com todas as forças da minha alma, pelo menos da parte que me é reservada ao ódio.

A sustentação daquilo que eu julgava normal dentro das minhas possibilidades de existir em paz com a tristeza foi quebrada, eu olho pela janela e o mundo está cada vez mais colorido do lado de fora, cheio de vida: Céu azul, folhas verdes de árvores balançando de leve com o vento... O sol brilha forte e eu nunca agradeci tanto por tê-lo presente para aquecer meu corpo, sentia que meu coração congelava aos poucos com o famoso inverno curitibano. Mas, em compensação, daqui do lado de dentro, dentro de mim tudo parece tão cinza quanto ou mais cinza que antes, meus olhos me mostram uma coisa, mas minha noção de lógica me faz acreditar que isso é irreal, uma dose errada de tudo; racionalidade e sentimentalismo já não convivem em paz. E eu sei que é real, eu sei que as cores, o calor, e os sorrisos estão ali bem à minha frente; O que acontece é que essa rotina emocionalmente desgastante criou uma barreira entre meu corpo e o mundo real que não é fácil de ser transpassada, é como a janela do ônibus onde frequentemente eu apoio minha cabeça quando estou cansada de tudo : Vidros escuros me isolam do mundo, vidros que só deixam passar um pouco de luz, um pouco de cor, vidros que distorcem imagens e ocultam o som, abafam desde gritos de agonia até as mais doces melodias.

Eu sei que posso transpassar essa barreira assim como posso ultrapassar esse vidro sem precisar me esforçar para abrir a janela, mas para isso, terei que me chocar com força á ela, e enfrentá-la de frente até que ela se quebre. Certamente irei sair machucada, sangrando. Certamente depois de anos ainda terei as cicatrizes. Talvez eu desmaie. Talvez não, mas nunca saberei se não tentar.


E tenho absoluta certeza de que logo estarei aqui contando sobre minha vitória, e descrevendo com detalhes o quão bonito pode ser o mundo real.

domingo, 3 de maio de 2009

Como tudo tem um fim...

A normalidade acabou também, comentava à pouco, com pessoas próximas que desejava que algo acontecesse, tudo aquilo tão comum, tão remoto, tão parado estava realmente me deixando maluca.
O tempo passou e as coisas mudaram, eu estou agindo agora de uma forma que nem eu sei explicar; o fato é que eu tenho pensado e visto que o tempo todo tenho sido nada para nada e nada para tudo também, como se minha existência pudesse passar despercebida aos olhos do mundo ao simples toque de uma borracha, fácil assim.

Sim, e o passado volta e bate à porta, pede socorro. Sei que "ele" prescisa de ajuda, mas não é comigo que vai encontrar alento, não, jamais.

O vento ainda traz cacos de memórias de tempos ainda piores, e eu não mais me incomodo com isso, pelo contrário, isso tem me ajudado a perceber uma certa evolução. Estou realmente crescendo , por mais que não pareça, tenho considerado isso um grande mérito.

E o que fazer pra dissoluir a tristeza que agora toma conta de mim? Nada. Simplesmente deixe que ela vá embora sozinha quando for melhor, a normalidade foi embora e isso é ótimo, eu só espero q a tristeza parta logo também, eu quero sorrir, presciso sorrir pra alcançar minha sanidade novamente pois sei que esta será a única saída

Então como plano para essa semana: Traçar minha existência "à caneta"; poderá ser apagada, sim, mas não com tanta facilidade, e assim ir evoluindo. objetivos.

"400 km?? A eternidade é o limite. O infinito, quanto amo você."

terça-feira, 28 de abril de 2009

Com muito menos tempo.

Bom, algumas pessoas têm reclamado que eu não posto mais nada no blog à um bom tempo, o fato é que por incrível que pareça, estou estudando feito uma condenada, as paredes de meus problemas cada dia mais tem se estreitado para me esmagar e eu me vejo fugindo de tudo, inclusive de mim mesma, de meus textos, de realmente tudo.

Então venho aqui somente para postar mais uma tradução de um música que faz referência à tudo o que estou vivento no momento. Pra quem gostar a banda é L'Âme Immortelle; uma boa pra quem curte darkwave e letras em alemão.

Another Day (Tradução)

Outro Dia

"Assim que eu sento ao redor da margem
de meus sonhos e desejos
meu orgulho jaz partido no chão
com relusentes raios de sol

meus pensamentos abraçados pelo nada
ondas mentais passando tão devagar
eu espero pelo seu querido carinho
tão inocente como a fresca neve jovial

assim que o silencio desaparece
eu junto forças para um outro dia
outro dia que terei que passar
outro dia aqui sem você

para fugir de meus vicios
eu saio para procurar as vozes
que falam uma vazia bendição
de palavras ocas e vozes vazias

mas estas palavras me mantem sana
até o momento qque você retornar
onde eu deixo acontecer de toda a dor
livre de fúria e preocupação

e eu sinto seu calor e seu amor
como se ele me levasse ao fluir
eu chego a só uma conclusão
eu nunca irei deixar você partir"

Bom, isso é para você mesmo;
Eu nunca irei deixar você partir, pelo menos não totalmente
"Você estará distante de mim o suficiente para que eu sinta sua falta
Mas nunca o bastante para que eu aprenda a viver sem você"

Tempo e distância não são barreiras.

Dependendo do significado desse monstro de 7 cabeças que vem à ser o amor

Acho que amo você.


segunda-feira, 6 de abril de 2009

Amada fortaleza de concreto esverdeado.

O pouco sol do dia nublado entrava pela janela do ônibus e aquecia meu corpo. Meus olhos ardiam, sentia sono. Apoiei minha cabeça de lado na janela para descansar um pouco e vi uma longa fila de carros à nossa frente.

Quando o ônibus finalmente andou, passamos por uma loja de roupas com uma vitrine relativamente grande, andamos mais um pouco e empacamos novamente, agora na frente do cemitério. Vontade de descer do ônibus e caminhar um pouco, respirar um pouco de ar puro, ainda que este ar tivesse “cheiro de morte”.

O ônibus parou novamente, desta vez na frente do colégio onde completei o ensino fundamental. Fechei os olhos para pensar... Saudades daquele lugar. Minha história, minha personalidade, minhas maiores alegrias e também minhas decepções nasceram e cresceram dentro daquela ilha de concreto esverdeado no meio da cidade. Não era um lugar bonito, pelo contrário, parecia mais uma penitenciária do que um colégio. Havia dois portões principais: Um para a quadra (que só era aberto para a saída de alunos) e um que dava para uma pequena janela na secretaria onde pais de alunos eram atendidos. Passando disso, uma enorme porta de madeira branca e vidros velhos (que foi trocada à uns 2 anos por uma porta de aço branca, aparentemente blindada).

Passando disso o pátio central com bancos de concreto se despedaçando. Paredes verdes, que pareciam vivas nos dias ensolarados (que ocorriam aproximadamente 7 vezes por ano) e úmidas nos dias nublados (bem mais comuns por aqui) . Na parte superior do prédio que já tinha mais de 50 anos, um corredor com umas 10 salas com capacidade cada uma para mais ou menos 45 alunos cada uma. Em uma ponta do corredor uma pequena biblioteca, à qual somente os melhores alunos (em nota) tinham acesso. Na outra extremidade do corredor um pequeno depósito e um laboratório precário. Tudo verde.

Na parte inferior: Biblioteca (que todos podiam freqüentar), banheiros, refeitório, sala de educação física (onde eram guardados os equipamentos de ginástica, e que tinha ao fundo o pequeno vestiário aposentado à mais de 20 anos, com apenas dois chuveiros); Logo a frente disso, podíamos ver a quadra. Apesar de terem se passado quase 4 anos desde a época em que estudei lá, consigo me lembrar de quase tudo, fora é claro, momentos de tristeza mais profundos que eu fiz questão de apagar de minha mente.

Um dia que eu nunca esquecerei: Estava milagrosamente fazendo sol, e as pessoas pareciam naturalmente mais alegres por isto. Estava sentada na arquibancada da quadra principal. A brisa leve fazia meu cabelo dançar... Eu contemplava maravilhada a paisagem que se formava em volta de mim; O chão estava coberto por flores amarelas do pé de Ipê. As pessoas andavam pisando sobre elas, afastando-as com os pés. Havia crescido grama em torno das raízes da majestosa árvore. Havia até borboletas, coisa incomum de se ver por aqui. O vento fazia as flores se desprenderem das árvores e caírem sobre minha cabeça, como uma dádiva dos céus. Veio perto de mim então, aquele garoto que era minha grande paixão na época. Um amor inocente; Pegou uma das flores que pairavam no ar e colocou-a na minha mão... um gesto de imensurável carinho. Eu sorri, ele correspondeu com um sorriso também e saiu sem dizer nada. Eu fiquei parada, simplesmente curtindo o momento.

Mal sabia eu que aquele mesmo garoto seria, anos mais tarde, personagem principal do pesadelo que se tornara minha vida . Desencostei a cabeça do vidro, abri os olhos e percebi que já estava longe, nas proximidades do colégio onde estudo atualmente. O impacto com a realidade no qual vivo agora, deixou bem claro o quanto minha vida se tornou amarga. O vento agora não me traz flores, mas sim arrasta comigo os cacos de minhas lembranças que eu tento deixar para trás. O mundo parece cada dia mais cinzento aqui fora. Bem diferente da minha amada fortaleza de concreto verde, que permanecerá eternamente em meus sonhos.

sábado, 4 de abril de 2009

Novamente sem destino...

Ficar sem nada para fazer é extremamente desagradável... E quando me deparo com o rumo intediante que minha vida toma aos poucos, gosto simplesmente de sair sem destino...

Cheguei do colégio, almocei sem vontade, coloquei uma calça jeans soltei meu cabelo e saí. Não levou mais de 5 minutos até que aparecer um ônibus. Entrei nele em seguida. Fiquei feliz por ter um lugar para sentar. Fiquei naquele lugar estática, sem me movimentar, lutando para continuar respirando, me afogando nas minhas angústias... a dor de viver era tão intensa que ás vezes me pegava lutando contra mim mesma segurando as lágrimas que insistiam em querer sair de meus olhos... Segurei-as não sem grande esforço e tentei me concentrar na paisagem que via pela janela... o dia estava nublado e isso fazia a cidade parecer ainda mais cinzenta lá fora. Quando me dei conta, a moça que estava sentada ao meu lado já havia saído. O ônibus parou novamente e naquele lugar vago sentou-se um rapaz; que ao sentar instantaneamente tirou de sua mochila um livro. A forma como as palavras estavam dispostas me lembravam algum livro que eu já havia lido á muito tempo atrás, mas não recordava o nome...

Fiquei extremamente curiosa para saber se eu conhecia a história que mantia-o tão concentrado, mas não tive coragem de inclinar minha cabeça e acompanhar a leitura com ele, já tinha passado por isso uma vez e sabia o quanto era desagradável. Tentei olhar então, o reflexo das páginas do livro pelo vidro do ônibus... Inutilmente. Tudo o que eu consegui ver pela pouca claridade foi meu reflexo, A pele extremamente pálida e a boca colorida por um vermelho que chegava a ser vulgar... o desenho de um rosto de perfil concentrado na leitura, e as páginas tomadas pela luz do sol eram de um branco cegante... A disposição dos elementos, a luz, tudo perfeito... Exeto pelo fato de que eu não tinha uma câmera naquele momento para registrar a imagem que havia me causado tão grande fascinação. Senti que tinha a obrigação de descobrir o nome do livro. Esperei ansiosa o momento de ele descer do ônibus para poder ver a capa do livro; Me surpreendi ao ver que já estávamos chegando no terminal e ele ainda estava lá. Senti raiva por um momento, que em pouco tempo foi dissolvida pela curiosidade.

Ele só parou de ler quando o ônibus chegou do terminal, fiquei esperando que ele se levantasse para que eu pudesse sair. “Metas” era o nome do livro... Não consegui ver quem era o autor; uma capa azul clara desbotada e evidentemente gasta pelo tempo. Ele desceu do ônibus calmamente e eu em seguida. Fiquei feliz por ter jogado um pouco da minha tristeza fora e trocado-a pela satisfação ridícula por saber o nome do livro.

Andei sem saber direito para onde ia... Ao me preparar para atravessar a rua, senti uma mão puxando meu ombro para trás. O coração bateu mais forte. Medo de ser alguém conhecido. Virei-me instantaneamente, séria, porém com um sorriso falso guardado, pronto para ser usado de fosse necessário.

Era ele, o rapaz do livro. Até então ainda não havia visto seu rosto, que estava iluminado por um sorriso enorme. Olhos que brilhavam; satisfação de quem é naturalmente feliz. Chamou-me para entregar um cartão telefônico velho que caiu do meu bolso enquanto eu andava. Sorri sinceramente para ele e agradeci, envolvida por sua discreta alegria contagiante...

Continuei andando sem direção e o vi novamente. Virou a rua, pelo horário, devia estar indo para a faculdade. Encostei em um prédio, suspirei, pensei um pouco. Voltei para casa. Já tinha reflexões suficientes para uma vida inteira...

Aquele rapaz me fez lembrar tudo o que eu idealizei na minha vida inteira. Crescer, cursar uma faculdade, ser alguém... Tudo nele me lembrava a pessoa que eu fui algum dia. Desde a singeleza em sua voz até o brilho cativante em seus olhos. Tudo me lembrava a garota espetacular que eu fui algum dia: A garota que sonhava, fazia planos, culta, simpática... A garota que por uma necessidade maior de vingança eu matei dentro de mim à alguns anos atrás...

Eu tinha tudo o que precisava e insisti em uma vingança ridícula que só prejudicou à mim mesma...

A garota que a cada segundo eu tento trazer de volta.



- Nunca desista de seus ideais... viver sem sonhos é o mesmo que não viver...
Felicidade é pouco; O que eu quero de volta ainda não tem nome.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Homenagem...

"Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração." (Willian Shakespeare)



Estaremos todos sempre ao seu lado Kasi, não importa o que acontecer, nunca esqueça disso! (:

quinta-feira, 26 de março de 2009

Em resumo...

Estou sem tempo para qualquer coisa...
O dia foi relativamente bom
relativamente angustiante
e extremamente cansativo...

Porém muita coisa faz sentido agora e eu tenho que agradecer por isso...

Uma frasesinha pra deixar esse texto mais feliz ^^

"Escolha quem você ama
e ame suas escolhas"
(Gordon B. H.)

beijos á todos (pra falar a verdade somente aio tamanda que acompanha por enquanto... :p) e até amanhã

quarta-feira, 25 de março de 2009

Simplesmente passou...

O dia parecia que não iria acabar mais...
se arrastou até agora e eu me sinto simplesmente dominada pelo cansaço, e pelo peso dos meus erros...

Hoje percebi que concertar erros 3 anos depois que você os comete, não faz o menor sentido.
Me deu vontade de postar um trecho da tradução da musica "Little angel of mine" do No Secrets... se você tiver o mínimo de sensibilidade, vai saber que o que estou escrevendo agora é para você...


"Meu pequeno anjo

Feche seus olhos, e vai dormir
Meu pequeno anjo
Quando você acordar eu estarei lá
Meu pequeno anjo.

Há uma estrela no céu
E ela brilha pra você
Fazendo um desejo essa noite
Todos os seus sonhos podem acontecer de verdade.

Meus braços estarão em volta de você
Beijar suas lágrimas de longe
Eu te confortarei e te protegerei
Nunca ficará amedrontado[...]"




Me perdoe...